O ano de 1989 foi talvez o melhor ano da música pop pós década de 60. Se não dá pra competir com 1967 e os lançamentos de “Velvet Underground and Nico“, “Pet Sounds”, “Sgt.Pepper“, “Beggar’s Banquet“, “The Doors“, e “Piper at the Gates of Dawn“, discos como “Life’s Too Good“, “Freedom“, “Songs for Drella” e muitos outros fazem com que o já distante ano faça parte da história da música pop.
Um desses álbuns fundamentais é L’Eau Rouge, segundo disco da banda suíça The Young Gods. O combo suíço apresentou a ouvidos brasileiros o verdadeiro significado de “rock industrial”, numa época em que industrial muitas vezes era confundido com EBM (electronic body music – dos também históricos belgas do Front 242) ou New Beat (do também belga Tragic Error).
Samples, colagens, mixagens de guitarras barulhentas, música clássica, polca em uma música ao mesmo tempo lírica e furiosa. Mas o que na época fez dos suíços únicos foi o fato de cantarem em francês.
Long Route
Rue des Tempetes
L’Eau Rouge
La Fille de la Mort
L’Amourir
Posteriormente eles começaram a cantar em inglês, visando a entrada no mercado norte-americano. Com isso parte do charme e da originalidade da banda se perdeu, o que não impediu que eles ainda gravassem músicas poderosas.
Gasoline Man
Kissing the Sun
Salomon Song (Kurt Weil)
Seu último lançamento é o álbum acústico (????) Knock on the Wood, onde os suíços fazem versões com violões e outros instrumentos para suas canções anteriormente forjadas em computadores, sintetizadores e samplers.
The Young Gods in Venice (Knock on the Wood)
I’m the Drug (acústica)
Long Route (acústica)
Não estão mais tão jovens. Mas o The Young Gods ainda está anos-luz à frente da música atual, como estavam em 1989.