Como já devem ter percebido, eu tenho uma grande preferência por cervejas escuras. As duas últimas cervejas mencionadas neste blog (a Murphy’s e esta) são cervejas pretas. Além da Guinness, outra de minhas favoritas.
Mas o que difere ambas stouts irlandesas desta schwarzbier é que as stouts são cervejas tipo ale (alta fermentação), enquanto a Eisenbahn Dunkel é lager (baixa fermentação). Há uma série de diferenças técnicas e em sabor em relação a essas duas famílias de cervejas, cada uma com suas qualidades e particularidades. E a Eisenbahn Dunkel é praticamente uma referência em seu estilo.
Primeiramente, esta é a cerveja brasileira mais premiada no exterior: Beers of the World Editor’s Choice, Medalha de Bronze em 2007 no European Beer Star Award, Medalha de Prata no Australian International Beer Award de 2008, Medalha de Bronze no World Beer Cup e Medalha de Bronze em 2008 no European Beer Star Award. Não é pouca coisa.
E pela participação nesses concursos, a Dunkel é caso único de cerveja “reclassificada” pela fabricante. Ela havia sido inscrita como Dunkel, que em alemã significa “escura” (muitas cervejas se opõe entre “helles” – clara e “dunkel” – escura), podendo ser marrom, avermelhada, enquanto a schwarzbier é obrigatoriamente preta, com características mais fortes de torrefação e amargor. Os juízes do concurso perceberam que a Eisenbahn Dunkel se encaixaria melhor no estilo Schwarzbier. Assim seja.
É uma cerveja espetacular. Com aroma de torrado e café, sabor amargo, torrado, com boa presença do álcool, formando um harmonioso e saboroso conjunto. Tem espuma boa e bege. Agrada à vista, ao nariz e ao paladar. É das melhores cervejas a se encontrar no Brasil. E seu custo benefício então, é sensacional.