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Amsterdam

Ian McEwan é atualmente um escritor de best-sellers. Legítimo representante da gloriosa tradição do romance britânico, linhagem iniciada no século XVIII com Fielding e Richardson, passando pelos séculos XIX e XX sempre com nomes de grande envergadura (Dickens, as Brontës, Hardy, Woolf, etc). Seus últimos romances, Na Praia, Sábado e Reparação (que ganhou uma razoávelzinha adaptação cinematográfica com um horrendo título) ganharam um lugar na galeria de grandes obras para o grande público, onde temas espinhosos antes bastante explorados passam a ocupar um espaço menor. O que antes era explícito, passa a ser sugerido.

O que não significa que os temas que lhe valeram o apelido de Ian Macabre estejam ausentes.  Apenas mais sofisticados.

Em Amsterdam estão todos presentes.  Sexo e morte. Estupro e suicídio. Mas, subjacente, um conflito que tem se delineado na obra do autor, que marca a passagem da esperança para o cinismo, da possibilidade da luta para a aceitação da inevitabilidade da derrota. O que em obras anteriores do autor se configurava como uma abertura para a luta política, mesmo que utópica, em Amsterdam torna-se impossível.

O conflito político entre Julien Garmony, Vernon Halliday e Clive Linley explode em derrota para todos. Inclusive a solução evasiva de refúgio na arte configura-se  como fracasso e derrota. Derrota que posteriormente seria encampada por McEwan, como em Sábado. De qualquer forma temos uma obra de transição, entre a dissolução trágica e utópica de “First Love, Last Rites” e “Cement Garden” e o conformismo neoconservador de “Sábado” e “Reparação“. Ainda assim uma obra grande e merecedora da atenção.

Thank God it’s Friday – Amsterdan Navigator e Oettinger Super Forte

Para muitas pessoas o ato de beber cerveja (ou qualquer outra bebida alcólica) tem uma única finalidade: deixá-lo chapado. Quando o único critério de avaliação de qualidade de uma bebida é a sua capacidade em deixá-lo bêbado, não há muita condição de diálogo para dizer que “cerveja A é melhor que cerveja B”. Afinal, cerveja boa é a que te deixa xarope. Com esta linha de raciocínio, vale mais a pena comprar uma Nova Schin de R$ 0,90 que uma Skol de R$ 1,10. Quanto mais falar em cervejas de R$ 2,00, R$ 3,00 ou mais a garrafa!

Seus problemas acabaram! Se  a  finalidade da cerveja é embebedá-lo, eis a solução: Oettinger Super Forte, com 8,9º e Amsterdan Navigator, com 8,4º de álcool (contra 4,5º de uma pilsen industrial). Elas são lagers, mas sua classificação mais apropriada seria Malt Liquor (aguardente de malte).

O sabor não é lá essas coisas. Adocicada, pois há adição de açúcar na fórmula (para ser fermentada pelas leveduras e gerar mais álcool), sabor de álcool bastante forte e sem integrar com o restante do conjunto. Parece cerveja batizada. Então, qual  a vantagem? Ora, ficar bêbado com quantidade bem menor! Uma maravilha, não?

Não necessariamente. Afinal, por serem importadas essas cervejas são bem carinhas, então o  nosso amigo bebum preferirá gastar seu dinheiro com as baratinhas Nova Schin…